Nós, humanos e humanas, somos portadores de um “defeito” natural que
acaba por se tornar nossa maior vantagem: não nascemos sabendo! Por
isso, do nascimento ao final da existência individual, aprendemos e
ensinamos sem parar; o que caracteriza um ser humano é a capacidade de
inventar, criar, inovar e isso é resultado do fato de não nascermos já
prontos e acabados.
Aprender sempre é o que mais impede que nos tornemos prisioneiros de situações que, por serem
inéditas, não saberíamos enfrentar.Aqueles entre nós que imaginarem que
nada mais precisam aprender ou, pior ainda, não têm mais idade para
aprender, estão se enclausurando dentro de um limite que desumaniza e,
ao mesmo tempo, torna frágil a principal habilidade humana: a audácia de
escapar daquilo que parece não ter saída.
A educação é vigorosa quando dá sentido grupal às ações individuais,
isto é, quando se coloca a serviço das finalidades e intenções de um
grupo ou uma sociedade; uma educação que sirva apenas ao âmbito
individual perde impulso na estruturação da vida coletiva, pois, afinal
de contas, ser humano é ser junto, e aquilo que aprendemos e ensinamos
tem de ter como meta principal tornar a comunidade na qual vivemos mais
apta e fortalecida. Portanto, quem não estiver aberto a mudanças e
comprometido com questões de novos aprendizados estará fadado ao
insucesso profissional e pessoal. Vale sempre lembrar a frase do
fictício detetive chinês Charlie Chan: “Mente humana é como para-quedas;
funciona melhor aberta”.
Mario Sergio Cortella
Mario Sergio Cortella
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